"The fear of becoming, I'm so tired of running."
Mais uma vez aqui, pensando, procurando
mil maneiras, mil desculpas, mil palavras
para definir tudo e todos, aliás, foi isso no
que minha vida se tornou, nem tão difícil
entender, pois tudo ainda dói, esta ferida
exposta há exatos 8 meses. Inaceitável?
Não, nem tão pouco inevitável, estive
visivelmente rastejando desde então,
é como você poder andar em um dia, e
depois simplesmente não poder ficar em
pé, é incrível como as pessoas conseguem
se cansar de certas coisas, eu perdi a conta
de quantas coisas já cansei. Cansei de pensar
em uma maneira de me livrar disto,
pois cheguei ao ponto de que até mesmo
pensar, faz com que minha cabeça comece
a doer,uma proteção natural para minhas
memórias, memórias estas que não canso
de lembrar.
Estou cansado de suspirar e dizer à mim mesmo:
"Ai... Estou cansado desta vida."
É fácil dizer estas coisas, mas eu penso e
digo coisas que talvez possam convencer os
outros, mas nunca consegui ser convincente
para mim mesmo. Minha vida se tornou
um teatro, me tornei um diretor perfeccionista,
que mesmo que os outros aplaudam, nunca
está suficientemente bom para mim...
Eu olho para o céu, repito pra mim mesmo:
"What should I do?"
Hah, engraçado que eu não estou cansado
de perder o rumo. Mas estou cansado de lutar
contra mim mesmo, esta guerra eu não posso ganhar.
Cansado de nadar contra a correnteza que
me leva ao lugar do qual tenho medo mas nem
ao menos sei como é.
Para que existam as sombras, é necessário
que exista luz, essas coisas coexistem.
E eu tenho tanto medo da luz, quanto daquela
sombra escura que está no lado oposto.
Por isso eu simplesmente luto a cada dia
para que nem as sombras, e nem esta luz
me peguem, o que na verdade significa que
eu não posso evoluir, mas não posso retroceder.
Pode-se dizer que me sinto uma criança que queria
um carrinho de controle remoto, mas ganhou uma
miniatura, ela está satisfeita, pelo menos ganhou algo.
É incrível como as pessoas dizem: "Talvez eu te compreenda"
"Sei como se sente"... Talvez possam sentir, mas não
algo exatamente igual.
Eu acho ridícula a forma a qual eu permaneço
como um idiota, esperando que algo mude, já
era pra eu me tocar que nada muda de uma hora para outra,
mas apesar de eu tentar mudar tudo em minha vida,
foi de má vontade, como se gostasse de sofrer e se torturar.
A cada dia escuto coisas diferentes das pessoas e até
mesmo as pessoas que gosto parecem dizer coisas
as quais nem elas acreditam, a verdade já não
é mais tão dolorosa pra mim...
E como um idiota, que nunca verá a verdade,
eu continuo pensando que algo irá mudar.
Parece que todas minhas tentativas de me apoiar em algo
para tentar me levantar, simplesmente falharam,
a cada dia, percebo o quanto sou infantil e mesquinho,
eu posso não ligar pra mim mesmo, mas não ligo pra ninguém,
Eu tenho o direito de pensar em meus defeitos, mas não
preciso que os outros venham me lembrar que os tenho.
Depois de uma conversa estranhamente agradável,
percebi como a minha vida tem sido...
E me senti acorrentado, aprisionado, na companhia de
mim mesmo, acho que talvez, no fundo eu acredite em
mim, só não quero admitir e dar o braço a torcer.
Quantas vezes apenas desejei poder ter feito tudo diferente,
fazer tudo diferente, e a cada escolha, a cada rumo eu
queria poder ver o que aconteceria se eu escolhesse
outra coisa, apenas para saber se seria melhor.
Eu acho que esqueci de algumas coisas básicas
sobre sentimentos, muito tempo sentindo amor mútuo,
com uma dor incontrolável e uma raiva insaciável de
mim mesmo, me tornei algo que até hoje não
sei como classificar. Após um tempo tentando de todas
as maneiras possível me "petrificar" contra sentimentos,
finalmente consegui.
Por um bom tempo, eu poderia até dizer que sentia,
mas era mentira, o bom, foi que não tive que mentir.
Acho que isso realmente estava bom, até o momento
em que começam a surgir coisas que exigem um
mínimo de sensibilidade, o que simplesmente fez
com que a camada de pedra que cobria meu coração
frágil e ferido, simplesmente desaparecesse.
Até agora, não sei se devo agradecer ou amaldiçoar.
Tudo o que sei, é que sentir denovo, me fez perceber
o quão triste estou, quantas saudades de certas
coisas eu sinto, e o quando algumas pessoas
são importantes.
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