domingo, 30 de setembro de 2007

And the beat inside of me, is a sort of cold breeze

Exatamente o que o título descreve, quando o assunto se torna meus sentimentos
ultimamente, não sei, mas há pouco tempo estava sentindo aquela maldita saudade
de alguma coisa, embora não soubesse o que. Aquele maldito sentimento de que
tem algo faltando, de que eu deixei alguma coisa passar, de que perdi algo importante,
ou pelo menos parece ser, não sei, sensação de estar esquecendo algo que não podia
esquecer...
Talvez seja apenas mais alguma ilusão, mais alguma "nóia" minha, mas essa sensação
me persegue há algum tempo, o bom, é que as vezes consigo enganá-la e esquecê-la por
algum momento, isso é bom, de verdade, embora quando volte, faça eu me sentir
como se eu fosse um idiota.
Simples e sutil, assim se define o que ainda posso sentir, saudades? Não sei, acho
que só perdi algo... Na verdade, sei o que é, mas me recuso a acreditar, aceitar,
é assim que vivo, quero mudar. Todas as mudanças que já ocorreram comigo,
a um certo ponto, parece que não foram necessárias ou parecem não ter feito
a mínima diferença, como andar em circulos.
Bom é pensar que se eu pensar que não devo pensar, esse pensamento sumirá.
Ok, isso é meio "impossível", mas tentar não custa, já que estou no fundo, não
é nada cavar mais um pouco. A cada dia, pecebo o quanto frio estou me tornando,
isso faz com que eu repense tudo: "Será que é realmente necessário que eu me torne
assim?", ou será que ao menos vale a pena? Não alimentar mais sentimentos pelos
outros, viver sozinho esperando a morte como uma libertação, esperando ela chegar
e sempre que acordar, se perguntar se realmente está vivo, ver as outras pessoas
e perceber que suas feridas ainda estão abertas e sim, ter certeza de que ainda
está vivo. Às vezes a dor é boa, ela faz lembrar.
Não que eu seja masoquista, isso nunca, pois não gosto de sentir dor,
apenas sei que ela sempre me faz lembrar que ainda estou vivo, e que
ainda não mudou nada, na verdade mudou, mas para pior, sempre.

Um comentário:

  1. Ele era um menino daqueles que vivia mais tempo olhando o céu do que as pessoas ao redor; uma pequena pessoa que parecia ficar mais tempo em algum mundo distante, divagando, do que ao meu lado. É, não só parecia. Era assim. É assim. E sempre foi assim, infelizmente.
    Pedi, muitas vezes, tantas que até devem ter cansado de ouvir meus pedidos, para que aquele doce garoto soubesse como ele é importante para mim. É pena, contudo, acho que ele não sabe. Mas não importa; continuo a pedir isso, insistente e incansavelmente. É, eu sou assim, por bem ou não.
    Eu gostaria de mostrar a ele que gelo, se fosse bom, não mataria as plantas e as flores. Se fosse bom, seria o tempo todo, um frio cinzento e constante. No entanto, como pode-se notar, não é assim; não, vivemos num mundo colorido, com um límpido céu azul e campos verdes. Vivemos num lugar que as coisas podem parecer não serem o que queremos, não serem boas; e, cá para nós, geralmente não são. Mas isso não muda muita coisa; o que muda é aquele sorriso que aquela gentil velhinha nos dá quando a ajudamos a atrevessar a rua. Ou quando encontramos uma pessoa preocupada e dizemos "olha, ficará com rugas se continuar com essa cara", e, dito isso, a pessoa cairia na risada. Até quando deixamos um moço apressado esbarrar em nós, quase nos atirando ao chão, e não reclamamos. Coitado, não tem tempo, e nem educação; que infeliz ele é.
    O que muda tudo, na realidade, não são as coisas. Nem as pessoas. E sim o que você faz. O que sente. O que respira, o que almeja.
    O que muda tudo, na realidade, são seus sonhos~

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