sexta-feira, 3 de julho de 2009

The world is not that difficult

Preparando um pouquinho o que eu ia escrever nessa madrugada, li mais um post maravilhoso da minha melhor amiga, Jé, e parei para refletir um pouco sobre as fases e mudanças que acontecem na nossa vida, acho que talvez a parte mais tempestuosa pra mim seja a mudança de pensamento, que se tornou bem mais frequente do que nos meus tempos de adolescente, onde eu era bem menos inconstante, responsável, flexível e confiável. Hoje em dia, esssa tal flexibilidade me causa algumas contradições internas, então, constantemente eu tenho que parar e pensar em cada uma das minhas hipóteses... Embora pareça o contrário, me tornei mais impulsivo, inconsequente e menos, bem menos calculista. Isso em determinados momentos é bom, tem me servido bem... E mal, minhas decisões impulsivas se tornaram cada vez mais comuns e estas são as que mais me prejudicam a curto e longo prazo... Eu ainda insisto em sonhar, ainda insisto em traçar planos para todos meus prazos... Eu li aquele post e pensei: Céus, estou aqui há 20 anos já... E quanta coisa boa e ruim já vivi? Eu penso se realmente vivi, quando vejo que há pessoas da minha idade com um caminho traçado de maneira totalmente diferente... Situações diferentes, mesma época, condições justas, acredito, me sinto um pouco melhor ao perceber que com a gama de estímulos e exemplos, eu não tenha me tornado um drogado, bandido, etc. Alcoólatra e pseudopedófilo nem conta, tenho meu trabalho, minhas responsabilidades e total consciência dos meus atos. Hoje, em especial eu fiquei pensando no que me tornei, no que estou fazendo... Estou acordado às 3 da manhã, armado, cuidando instalações de uma instituição... Enfim, isso paga minhas necessidades, um 'homem' tem que se virar...
Eu paro e penso como estarei daqui há 10 anos, minha força de vontade está defasada, eu fico desanimado com o que isso pode me acarretar. Ainda tenho tanto tempo pela frente, eu não acho que tenha vivido o bastante, e talvez nem queira, me assusta pensar no quanto posso viver, quero poder cumprir meus objetivos primários, básicos, pra tentar ao menos me tornar realizado nessa vida.
Eu me lembro daquela época em que tudo pra mim parecia tão difícil, quando eu esbarrava nas minhas limitações, e as dava razão. Tá, as coisas ainda são um pouco difíceis, mas aprendi a lidar um pouco mais com minhas limitações, tanto em como aceitá-las, quanto em como vencê-las, meu amadurecimento precoce, me tornara uma pessoa rígida de conceitos falhos, coisa que, aos poucos, ao libertar mais meu lado infantil que eu havia aprisionado, pude temperar um pouco dessa personalidade que nem de longe está completa e que ainda atrai e afasta pessoas, não conseguimos agradar a gregos e troianos... Eu imagino, quanto tempo essas mudanças durarão, e por quanto tempo ainda serei capaz de mudar, me transformar, espero que por bastante tempo, para não estacionar no ponto onde torne meus medos realidade, aí sim, posso completar meu complicado objetivo de dar sentido à minha existência mundana.

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